segunda-feira, 28 de junho de 2010

Just Words (IV)

Roubaste meu chão,
Fez-me cair num abismo imaginário.
Conseguiste, sobriamente, então
Tornar-me mais solitário.

Regresso pelas migalhas que joguei,
Caso quisesse ao lar voltar.
Vejo apenas os vestígios que deixei,
Percebo que não irás me resgatar.

Porque fizeste isto?
Por egoísmo, satisfaçao?
Queria eu enxugar olhos secos;
Doce (grande) ilusão.

Vagarei nas ruas de outono,
Tais folhas secas arranjaram abrigo.
Dor que não cessa, imensurável,
Para meu coraçao és inimigo.

Esperarei pelo calor da manhã,
Noites árduas perderam-se no tempo.
Minha essência não foi esquecida,
Somente abalada pelo sofrimento.
Pouco há do meu alento,
Só restou-me uma amarga mordida.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Em um colo.

Antes da minha alma se despedir do meu corpo, fiz minha história. Pensei, repensei, dispensei. Ri, lembrei, chorei, mudei. Isso tudo antes do boa noite final. Eis que entro em outro estágio; o de confronto com o meu eu. Eu grito e ninguém me ouve, eu corro em direçao do nada. Chorando, imploro para mim mesma sair dali. Caio num vazio, com uma pressao que me deixa zonza. Recupero minha memoria e me deparo com o azul. O azul do céu, ou o azul do mar, nao sei. Respiro fundo e me levanto. Confirmo; era apenas o azul dos teus olhos

domingo, 20 de junho de 2010

Just Words (III)

As gotas salgadas que correm meu corpo a dentro
Econtram as do coraçao, vermelhas de sofrimento
Saem constantemente por sofrerem certa dor
Concebida -erroneamente-  simplesmente por amor.

Ouviste os sons da rua vazia?
Solidão adormece dentro de mim.
Arrependimento, coisa tardia
Não é tão fácil assim.

Procurando algo nas noites frias,
Deparo-me com teu cheiro num cobertor.
Amadeirado, refrescante
Eras tu meu doce amante
Que depois de tudo exposto
Tornou-me o que sou.

Arrependo-me das promessas ditas
Largadas entre as feridas
A espera da cicatriz.
Sento-me ao lado da verdade,
Busco a minha felicidade;
Fui-me porque quis.


O sol da manhã não aquece o meu dia,
Como um dia teus lábios aqueceram.
O erro consolidado, a derrota do meu orgulho
Consolam-se num escuro
As palavras se perderam.

Eis que chega o fim do ciclo
Novo rumo, novo tudo.
Espero que no fundo
Consiga eu a minha paz
As lembranças nao se apagam
Como se rasga um cartaz
Mas viram peças da memória
Algo da minha -louca- história.

sábado, 12 de junho de 2010

Just Words (II)


Andaste só, em busca de ti?
Oh, temo que sejas um mortal já morto.

Tu te encontras quando fecha tuas janelas da alma,
enlouqueces com os rumores do vento que nada sopram,
permaneces quente por dentro.

Eis que tu não aceitas a derrota,
Sofredor duas vezes.
Seres nobres entendem a dor da existência.
Entendestes as entrelinhas?
Estarei eu disposta a ser explícita para ti?
Sabes do que penso, do que sinto.

Oh, mero mortal, tentaste viver para morrer de novo.
Não sabes viver para ti.
Eis que naquele cristal estarás ainda algum tempo abrigado,
Porém sabes que essa existência não será eterna.

Quando encontrares tu o verdadeiro cristal, saberás viver.
Espero, mero mortal, que tenhas aprendido conduzir um cristal.
Quando tornares imortal perante o cristal mais vivo,
Perceberás que não era um mito,
Era apenas, mero mortal, o meu final.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Just Words (I)

Vem, é dia de sol, é dia de chuva
Vem, vamos fazer nossa bagunça
Vamos gritar  atrás da porta
Vamos espantar a monotonia

Bora, vamos dormir até dizer chega
Vamos rezar em outra igreja
Eu nao demoro pra te fazer feliz

Nesse caminho eu te conto
Nao ande sozinho porque eu tô aqui
Eu vou, pra onde voce quer ir?
Eu dou, quando você quer partir?

Prometa pra mim, agora
Que esse doce olhar
Esse gosto, esse cheiro
É só pra mim;
É só pra me fazer amar.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Passo 1: crie um blog

Bom, o intuito do blog é divulgar minhas coisinhas, desabafos, pensamentos, idiotices. Deixarei minha marquinha no mundo virtual com algumas palavras. Por mais que só eu acesse isso aqui, ficarei grata se alguem ler.

Pam.