Eu tenho vergonha do que escrevo
Porque o que eu não falo, por medo
Sai por aqui, sem freios
Mas às vezes a gente só que dizer, mesmo
O quanto sente e acredita, mas perco
Cada segundo distante, um erro
Me vejo aqui, querendo
Uma chance das chances, torcendo
Para que um dia você lendo
Também queira
Sem beira, sem nada
Apenas duas, almas amadas
Que de tanto amar conseguem sorrir
E sem fim, sem partir
Esperam apenas que a chama inflame
E te digo com meus olhos, ame.
Pois se nada muda a realidade, tristeza
De viver alma única, beleza
Na solidão de quem vive só.
Há de ter sorrisos além
Que um dia irão também
Querer ser sorriso de alguém.
A Lei do Verbo
Onde as palavras encontram-se e obedecem os sentimentos.
terça-feira, 24 de janeiro de 2017
domingo, 18 de outubro de 2015
Amorada
A moradia, abrigo
Do sentimento, infinito
Que sorri com teu sorriso
Floresce alegrias, reparo
Na morada da dor, afago
Que converte nós em laços
Amor ou nada, revejo
Neologismo cria, escrevo
Amorada, eis o termo
Do sentimento, infinito
Que sorri com teu sorriso
Floresce alegrias, reparo
Na morada da dor, afago
Que converte nós em laços
Amor ou nada, revejo
Neologismo cria, escrevo
Amorada, eis o termo
terça-feira, 15 de setembro de 2015
Poeminha
Se digo que não sei o que sinto por ti,
Foges de mim se digo,
Corres de mim se me calo.
Tão perto e tão longe,
Alimento-me de ilusões,
Acreditando que faças o mesmo.
E se fazes o mesmo, por que não?
E se não fazes, por que sim?
Morro pela incerteza
E vivo por ti.
Obs: Feito dia 14/05/15. Estava perdido aqui.
Foges de mim se digo,
Corres de mim se me calo.
Tão perto e tão longe,
Alimento-me de ilusões,
Acreditando que faças o mesmo.
E se fazes o mesmo, por que não?
E se não fazes, por que sim?
Morro pela incerteza
E vivo por ti.
Obs: Feito dia 14/05/15. Estava perdido aqui.
domingo, 21 de junho de 2015
Olhos que denunciam
Se em meus olhos desse para ver
Todo amor que tenho em mim
Eu tentaria esconder
Fechando-os, buscando o fim
Se meus olhos sorriem ao te ver
E pensas que é só ternura
Saibas que tem gosto de aventura
E vontade de te ter
Mas acho que meus olhos falam
E falam que te amo, sim
Pois o teu olhar reflete
Tudo o que desejo para mim
Todo amor que tenho em mim
Eu tentaria esconder
Fechando-os, buscando o fim
Se meus olhos sorriem ao te ver
E pensas que é só ternura
Saibas que tem gosto de aventura
E vontade de te ter
Mas acho que meus olhos falam
E falam que te amo, sim
Pois o teu olhar reflete
Tudo o que desejo para mim
terça-feira, 16 de junho de 2015
Infinito imaginário
Não quero limites em laços
Quero abraços, quero colos
Quero me perder no espaço
E me achar sobre teu solo
Sorrio e volto para mim
Na tua sombra, tua escolta
Faço dessa minha volta
Um recomeço do fim
Morarei em teus beijos
Vividos e imaginados
Pelos momentos que sonhei
Em te ter ao meu lado
E do choro salgado me ergo
Acordo e vejo, nada mudou
E se todo amor fosse erro
Erraria todo dia
Tentando viver o que faltou
Quero abraços, quero colos
Quero me perder no espaço
E me achar sobre teu solo
Sorrio e volto para mim
Na tua sombra, tua escolta
Faço dessa minha volta
Um recomeço do fim
Morarei em teus beijos
Vividos e imaginados
Pelos momentos que sonhei
Em te ter ao meu lado
E do choro salgado me ergo
Acordo e vejo, nada mudou
E se todo amor fosse erro
Erraria todo dia
Tentando viver o que faltou
segunda-feira, 20 de abril de 2015
Amor Pleno
Se a minha doçura te encanta como o teu sorriso
Saiba que sou feliz, tenho o que preciso
Tenho felicidade
tenho a tua ternura
Se os meus lábios são belos como teu olhar
Saiba que sou feliz, tenho quem amar
Tenho amor de sobra,
Tenho espaço que falta.
Se teu amor é como o meu
Saiba que sou plena, teu amor sou eu
E é nosso, e é seu
E sou sua.
Saiba que sou feliz, tenho o que preciso
Tenho felicidade
tenho a tua ternura
Se os meus lábios são belos como teu olhar
Saiba que sou feliz, tenho quem amar
Tenho amor de sobra,
Tenho espaço que falta.
Se teu amor é como o meu
Saiba que sou plena, teu amor sou eu
E é nosso, e é seu
E sou sua.
sábado, 1 de setembro de 2012
Tem coisas que nunca mudam
A lágrima ainda é salgada, o aperto doi da mesma forma, a
saudade ainda mata aos poucos. E o sentimento não aflora.
O vento ainda bate, a pergunta ainda espera a resposta, a
esperança nunca morre. E a solidão me devora.
As memórias ainda me alimentam, o sorriso continua brando, a
verdade é ignorada; você foi embora.
Tudo se perde, o caminho muda, quero viver em meus sonhos. O
choro me cala para transbordar o que ninguém quer ouvir. Deito-me como mais um
dia infeliz, incompleto. Eu mudei, você mudou. Mas tem coisas que nunca
mudam... e simplesmente se eternizam no vazio do universo.
Quem sabe um dia a gente se encontre.
Quem sabe um dia não seja tarde demais.
Quem sabe um dia a dor some.
Quem sabe um dia eu nem ligue mais.
sábado, 28 de abril de 2012
O apaixonamento - a não receita do amor
É engraçado se apaixonar. E se torna uma característica
cômica estar apaixonado. Todo mundo sabe como é se apaixonar – claro, só sabe
quem se apaixonou – e todo mundo sabe como é alguém apaixonado.
Curioso se faz pela insanidade da coisa. Que sensação é essa
esquisita – e os apaixonados gostam – quando veem o seu elemento X te ligando?
Não há cabimentos em normalidades alguém sorrir porque lembrou de um sorriso
apaixonante. Não é coerente sentir saudade de alguém que acabou de te falar ‘tchau’.
E muito menos é plausível imaginar cenas
futuras com alguém que acabou de te dar as mãos.
Todo mundo já esteve não apaixonado. E sabe muito bem como é diferente. Paixão tem roteiro pronto. Dias, meses, anos. Ou melhora ou
acaba. E você volta ao seu estado normal.
Quando se está diante de alguém
apaixonado só se tem vontade de rir. Rir dos suspiros, do assunto que sempre
cai no mesmo alguém, no entusiasmo por uma mensagem de bom dia – o bom dia de
uma amiga não faz um sorriso mostrando nem 1/3 dos seus dentes, mas o do ser
amado... Mas existe o momento noia. E é mais engraçado ainda. “Será que ele(a)
pensa em mim? Será que devo ligar? Não,
mandarei apenas uma mensagem. Poxa, ainda não respondeu, vai ver não
recebeu. Ai, caramba, ele(a) não respondeu, o que eu faço?” E a angústia domina.
Esse é o momento clássico em que se liga para o(a) amigo(a) mais
próximo. Ele(a), por sua vez, conterá o riso da sua babaquice. Aconselhará a
ficar tranquilo(a), o elemento X vai ligar. Ou não, mas então ele (a) não era o
elemento X ideal pra você... E aí o X liga. E o coração acelera, as mãos
transpiram, tudo volta a ser pateticamente apaixonado como antes. E você ri de novo.
Mas há um momento épico: VOCÊ se apaixona. Primeiro
pensamento? FODEU. Segundo? Sério, fodeu. E aí você liga pro amigo(a)
anteriormente apaixonado(a).
Há dois caminhos: ele(a) ainda estar apaixonado(a) – e tudo ser um
mar de rosas – ou ele(a) não estar mais apaixonado(a), e rir de você porque você
está fodido(a) – excessões são aqueles(as) que ainda assim acham lindo. Gays.
Você já esteve apaixonado(a) antes, você sabe como é o
protocolo. “Deixa rolar, o que tiver que ser, será”. NÃAAAAO! Até lá você já infartou de ansiedade. Surgiu um novo mundo e você se sente uma criança
perdida. Tenta tirar coisas boas das ultimas experiências e pensa em fazer tudo
ao contrário do que aconteceu. Afinal, se tivesse sido bom, não teria tido
fim. Ele, apaixonado, resolve ligar.
Ela, apaixonada, entra em pânico e demora pra atender. Ele, não querendo
incomodar, deixa chamar 3 vezes. Ela, estérica, ainda vai estar gritando ‘ai
meu Deus, ai meu Deus, ele tá me ligando!’ e não atende. E aí há todo um
processo até que algum deles tenha coragem de fazer algo.
Eis que a coragem surge, conversam. Conversam muito. Hoje, e
depois, e depois, e depois. A coragem surgem de novo; o primeiro encontro.
Aaaah, o primeiro encontro. Pra ele, garantir o segundo encontro. Pra ela,
roupa perfeita. Sapato perfeito. Maquiagem perfeita. Cabelo perfeito. Unha perfeita.
E sempre tem uma meia fina para puxar fio com o salto alto.
Ocorre tudo bem, voltam ao estado de conversa intensa. E
elogios, indiretas fofinhas, diretas fofinhas, tudo fofinho. E depois que os
encontros semanais se tornam essenciais, a porra está ficando séria. A família
já comenta, os amigos comentam, até o facebook sugere o elemento X como mais
que amigos. Ele é lindo, ela é linda, tudo é lindo. E aí começa o estágio
de intimidade.
Na boa? Intimidade é uma merda. Mas você não vive sem. É
muito bom ser idiota sozinho em casa, mas é muito melhor descobrir que há
alguém no mundo tão idiota quanto você. Troca de carinhos, charme, beijos e abraços.
E mais carinho, mais charme, mais beijos e abraços.
Chega o dia aleatório mais marcante da sua vida: o pedido de
namoro. Ele ficou algum tempo ensaiando como falar e não gaguejar e conseguir
sorrir e conseguir olhar nos olhos. Ela simplesmente entra em estado de choque.
Coisa rápida, melhor dizer sim antes que ele mude de ideia. E os status do
facebook são atualizados.
Namoro é tudo de bom. Mesmo. E quando ele vem acompanhado de
um sentimento de plenitude, o mundo é todo seu.
A partir daí, se apaixonar não é mais idiota. Não é mais
motivo de piada, não é mais estar fodido. Você descobre que não há coisa melhor
no mundo que estar apaixonado pelo(a) elemento X. Ele(a) é o elemento ideal pra
você.
Não tem mais porque se preocupar com as degraças dos
relacionamentos alheios, porque são alheios, não é o seu. E se ambos querem
fazer dar certo, simplesmente dá certo. É um tipo de magia que não se quebra.
Magia essa que te contamina. Impressionante você olhar para alguém que ama e não ver um brilho. Amor revigora, torna mais bonito. Amor é o elixir
da vida.
E, apesar das paixões anteriores, nada se compara. É
imensurável se sentir bem consigo e com o outro, saber que você pode fazer bem
à alguém. E esse alguém ser o seu elemento X.
Não há dinheiro que pague tamanho conforto de ter um porto - realmente - seguro. De saber que você pode ter o pior dia dos dias vividos, mas
haverá um sorriso e um abraço pra te fazer esquecer de tudo.
Amar é mais que tudo ser sempre mil maravilhas, mas fazer com
que os pesadelos rotineiros se contaminem com a beleza da felicidade. Problemas
todo mundo tem, ainda bem. Caso contrário, não seria tão compensatório
transformar uma lágrima em um sorriso.
Palavras vazias voam, se desfazem. Mas basta ouvir um eu te
amo ou simplesmente lê-lo em um olhar que estas se solidificam. Dizem que não
se vive só de amor, mas também não se vive só.
Acredite, o amor é lindo. E mais lindo ainda é saber que é
recíproco.
sexta-feira, 16 de março de 2012
Reflexo
Ela se via na frente do espelho.
Se via sorrindo, coração acelerado, bochechas coradas. Sentia um arrepio,
resolveu desviar o olhar. Mas algo a fazia olhar de novo, e sorrir de novo, e
ficar corada de novo. Ela olhou para as suas mãos, estavam ocupadas com outras.
Olhou para os seus pés e se deparou com quatro. Olhou para dentro de si e viu
apenas um coração. Então ela riu. E só parou de rir porque o espelho perguntou
‘o que foi?’. E ela respondeu ‘vejo o meu reflexo, vejo nossas mãos, vejo duas
almas. E vejo o nosso coração. O amor é único, ocupando dois corpos distintos.
Não é metade, é apenas um e indivisível. Não é poroso, é equilibrado. É meu e
seu, é a nossa essência. É a gente.’ E o espelho - castanho - sorriu também.
Sutilmente
E o que eu sinto está desnomeado
Vagando sozinho, perdido no espaço
Esperando afeto, carinho e afago
Um pouco de amparo
Um colo, um teto
Não procuro solução, pois sei que não há
Voltar no tempo, talvez, poder respirar
Reerguer um sorriso, sentir-me acompanhada
Não sou mais uma flor, encontro-me despetalada
Alimento-me de nostalgia,
É o que me restou, bem ou mal
Sonhava com uma vírgula,
Mas convivo com um ponto final.
quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012
Enchanté
Com o meu amor sugo a tua essência
Concentrada em teu sorriso, afável e puro
E no brilho dos teus olhos vejo o que procuro;
Meu reflexo, tua clemência
Em seus braços encontro meu mundo,
Enleo-me ao teu cheiro, vício meu
Respiração uníssona, conto os segundos
Estes eternos, que duram os beijos teus
Abrigo em mim a plenitude,
Busquei em minha alma a felicidade
Refiz-me em cristal, simples virtude
Pois sei que te amo, de verdade.
domingo, 11 de dezembro de 2011
Reticências
E você surgiu, me pergunto de onde. Não, não sei, só sei que
está aqui. Seja bem vindo, entre, faço café muito bem. Açucar ou adoçante?
Ótimo, prefiro açucar também. A tv está ligada, mas quem escolhe o filme sou
eu. Pode ser um de terror, você está aqui, não está? Quer pipoca? Não, quem a
faz é o microondas, mas é gostosa, meu bem. Sim, pode mudar o canal. Seu time
está ganhando? O que é impedimento? Eu só conheço o penalti. Ok, não me
importo. Ah, com isso eu me importo. Isso, me deixe deitar no teu ombro. Adoro
beijos na testa. E do seu sorriso. E dos seus olhos. Eu não sei lidar com
elogios, fico corada. Não, não é legal ficar corada. Fique mais, por favor? Eu
faço mais café, mais pipoca, mais amor. Boa noite meu bem, te cuida.
“Gosto
muito de você”. 14 de maio de 2004, sms recebida às 7:23am.
domingo, 6 de novembro de 2011
Just Words (X)
A sua ausência é o meu sustento,
Da minha dor, da minha loucura
Alimento-me do meu tormento
Atrofio a minha estrutura.
Nao cabe em mim,
Nem em ti, nem no mundo,
Temo o amanhã, buraco profundo
Onde o adeus tornou-o assim.
E que não seja como há de ser,
Perto do fim,
Distante de te ter.
domingo, 22 de maio de 2011
Doce em Compota
Talvez eu não seja tão boa assim. Do que adianta colher cerejas se sua fruta favorita é morango? Uma hora enjoa - acabou o aromatizante artificial no mercado. Pode ser que nem morangos prestem mais, deixe-os pra mim.
Sabe aquela cesta de pique-nique? Eu ainda a tenho. A toalha ainda está lá dentro. Acho que vou sozinha num sábado a tarde pra aquele jardim que é nosso. Era nosso. Nem sei mais.
Mas a cerejeira não morreu ainda. O que eu faço com ela? Não tenho coragem de destruir. Continuarei podando, recolhendo as cerejas e guardando-as na cesta. Não são morangos, mas é o melhor que posso oferecer. Quem sabe um dia você descubra que as cerejas são mais gostosas, ainda mais sem o aromatizante...quem sabe.
São pequeninas e roliças, percebeu? Vermelinhas, nem tão doces, mas delicadas. Não são tão frágeis quanto parece. E não agradam a qualquer freguês.
E se eu fizesse uma geléia com as antigas? Conservaria toda a essência que cada uma guarda em um pote de vidro. É, farei isso. E quando minha boca amargar pela vida, comerei uma colher da geléia, só pra me lembar que já foi doce um dia.
quinta-feira, 14 de abril de 2011
Vela
Vela.
Ver ela.
vê-la.
Tê-la.
Tantos elos, tantas ceras.
Aqueça-me com teu calor,
terei cautela para não me queimar.
Doar,
Amar,
Farei tudo com vigor.
Não deixes a chama sem ar,
eu respiro também.
Além,
Porém,
não voes tão alto,
não posso acompanhar.
A cera que escorre colou meu pés no chão.
Minha alma, meu coração,
tudo agora está preso a ti.
Deixe o ar sair, deixe a cera secar.
Chega-se ao fim, então;
Eu não vou te abandonar.
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