terça-feira, 24 de janeiro de 2017

Adeus

Eu tenho vergonha do que escrevo
Porque o que eu não falo, por medo
Sai por aqui, sem freios

Mas às vezes a gente só que dizer, mesmo
O quanto sente e acredita, mas perco
Cada segundo distante, um erro

Me vejo aqui, querendo
Uma chance das chances, torcendo
Para que um dia você lendo
Também queira

Sem beira, sem nada
Apenas duas, almas amadas
Que de tanto amar conseguem sorrir
E sem fim, sem partir
Esperam apenas que a chama inflame
E te digo com meus olhos, ame.

Pois se nada muda a realidade, tristeza
De viver alma única, beleza
Na solidão de quem vive só.
Há de ter sorrisos além
Que um dia irão também
Querer ser sorriso de alguém.